Poucos dias após anunciar que cobraria impostos de compras internacionais entre pessoas físicas de até 50 dólares, o ministro Fernando Haddad anunciou nesta terça-feira (18) que o governo recuou e desistiu da ideia. A medida, que afetaria principalmente quem compra produtos de sites chineses e recebe pelo correio, não entrará mais em vigor a pedido de Lula. Segundo Haddad, devido à repercussão negativa da proposta de taxar essas compras, o presidente da República pediu que o Ministério da Fazenda desistisse da criação desse imposto e achasse outra fonte de recursos para aumentar a arrecadação federal.
Haddad declarou que o governo tentará outras maneiras de elevar a arrecadação e pretende aumentar a fiscalização contra empresas que usam essa isenção de forma irregular – ou seja, tentará identificar empresas que compram de sites chineses como se fossem pessoas físicas justamente para burlar o sistema e não precisar pagar impostos.
Todo aumento de impostos é danoso e prejudica o consumidor, mas, nesse caso, seguir sem a taxação tem um lado negativo, já que permite uma concorrência quase desleal de sites chineses com lojistas brasileiros, que acabam perdendo clientes.